Herbário Criptogâmico do Porto

Nº INVENTÁRIO: 402709/11

DESCRIÇÃO:

Herbário da autoria de Augusto Luso da Silva (1827 -1902) Professor da 4ª cadeira de Geografia, Cosmografia, História Universal e Prática do Liceu Nacional Central do Porto, de 1856 a 1881 e autor de diversos compêndios adotados oficialmente para o ensino desta disciplina. Era também poeta, ficcionista, ensaísta, dramaturgo e um reputado naturalista. Este herbário contem espécimes de fetos, musgos, hepáticas, licopódios, equissetos, líquenes e algas, exemplares colhidos nos arredores do Porto, entre Aguiar de Sousa e Avintes. Para além das plantas e outros organismos fixos às folhas de herbário (em algumas folhas vários exemplares da mesma espécie) também conservou alguns exemplares, principalmente musgos e líquenes, fixos ao seu substrato rochoso, em pequenas bolsas de papel coladas à folha. As folhas estão preservadas numa enorme caixa de cartão (55x70cm) e resguardadas em capas de Melinex. Para cada exemplar, o autor faz a classificação científica, refere onde foi recolhido e indica ainda alguns locais de ocorrência por ele conhecidos para a espécie. A lista de exemplares herborizados ultrapassa a centena de espécies e, pelo menos nos fetos (Pteridophyta), inclui 20 espécies (faltam 5 pois o herbário atualmente começa com o número 6) quase todos os que são hoje conhecidos, alguns sob outros nomes científicos, como espontâneos na região do Porto. Ainda dá a conhecer duas espécies, que ele pensa serem desconhecidas, atribuindo a uma delas a designação científica, Asplenium delphinium.

Herbário de Fetos, Equisetos e Lycopódios da Flora Madeirense

Nº INVENTÁRIO: 402709/12

DESCRIÇÃO:

Herbário atribuído a Júlio Dinis, pseudónimo do médico José Joaquim Gomes Coelho, o escritor romântico portuense. Este médico e escritor, numa tentativa de curar a tuberculose, visitou (e viveu) no Funchal (na ilha Madeira) durante três temporadas: de março a maio de 1869; de outubro de 1869 até maio de 1870 e de outubro de 1870 até maio de 1871. Viria a falecer em setembro desse ano, mas no continente. Da segunda estadia na ilha, trouxe um herbário de fetos, equissetos e licopódios da flora madeirense que ofereceu “como uma lembrança da Madeira” ao amigo Augusto Luso, o que explica a sua existência do herbário no acervo do Museu. O herbário possui 40 espécies de Pteridófitas organizadas por Famílias e em cada Família, cada folha corresponde normalmente a um espécime que apresenta apenas uma espécie. As folhas de tamanho 33x54 cm estão preservadas em duas caixas de cartão e resguardadas em capas de Melinex. Alguns exemplares deste herbário são de espécies que também existem no herbário de Augusto Luso, o que é deveras interessante pois pode-se comparar as espécies da Madeira com as continentais e observar semelhanças/diferenças.

Herbário do Pinhal de Leiria

Nº INVENTÁRIO: 402709/13

DESCRIÇÃO:

Herbário de um conjunto de espécimes em capas que engloba espécimes da flora do Pinhal de Leiria. Até há pouco tempo, a presença deste herbário no Museu da Escola Secundária Rodrigues de Freitas, permaneceu inexplorada, bem como a autoria destas herborizações. Em 2023, numa análise mais detalhada descobriu-se a autoria do herbário pela presença de uma assinatura numa etiqueta ainda visível numa das folhas de herbário. Este herbário foi elaborado por Guilherme Felgueiras (1890-1990), regente florestal de Vieira de Leiria. Foi autor de livros de temas variados, desde a etnografia à antropologia, e enquanto regente agrícola do Pinhal de Leiria (também foi regente da serra do Gerês), a convite do Diretor do Jardim Botânico de Coimbra, Dr. Júlio Henriques (1838-1928), colheu e identificou plantas da mata de Leiria. Efetivamente o Herbário da Universidade de Coimbra tem na sua coleção quase 300 exemplares informatizados colhidos por Guilherme Felgueiras, dos quais 200 são do Pinhal de Leiria. O herbário é constituído por 76 Famílias de plantas essencialmente herbáceas (algumas arbustivas tais como a carqueja e as urzes) com 380 espécies identificadas, cada uma inserida numa folha do herbário. As folhas estão dobradas ao meio (22x32cm), tipo livro e na parte exterior está a classificação científica com o nome da família, género e espécie e na parte interior a exsicata.

Herbário da casa  Deyrolle

Nº INVENTÁRIO: 402709/14

DESCRIÇÃO:

Herbário comprado à casa francesa Deyrolle, casa especializada no fabrico e venda de artigos escolares. Este herbário é constituído por cerca de 600 exemplares, distribuídos por 4 volumes/capas e foi comprado por duzentos e cinquenta escudos em 1935. A maioria dos espécimes, que correspondem a plantas herbáceas, foram colhidas e montadas no século XIX, como consta das etiquetas. As capas têm a dimensão de 30x46cm e as folhas apresentam as dimensões de 27x45cm.

Herbário do Museu da Ciência do Liceu Rodigues de Freitas

Nº INVENTÁRIO: 402709/15

DESCRIÇÃO:

Herbário realizado em 1917. A maioria dos espécimes foram colhidos por Mário de Castro (1898 -1965). Este coletor também coletou plantas para o Herbário da Universidade de Porto até 1945. Para além disso participou em missões de reconhecimento e recolha de Botânica e Zoologia em Angola (1922). O herbário é constituído por plantas herbáceas recolhidas, essencialmente, nas cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. Os exemplares estão agrupados em 62 Famílias e cada folha de herbário (sensivelmente de tamanho 22x32cm) está inserida numa proteção de dupla capa, em que a folha exterior abre a partir da esquerda e a interior a partir da direita. Este herbário deve ter sido utilizado nas aulas de botânica da disciplina de Ciências Físicas e Naturais.