Gnaisse ocelado

Nº INVENTÁRIO: 402709/271

DESCRIÇÃO:

A amostra é de um  gnaisse ocelado do Complexo Metamórfico da Foz do Douro com ocelos de cerca de 1 cm de comprimento, constituídos por quartzo e/ou feldspato potássico. Os ocelos (grãos ou agregados minerais em forma de olho) são consequência da atuação da deformação por cisalhamento (comportamento dúctil) de um granito pré-existente. A amostra foi oferecida ao Museu pela professora Ana Bela Saraiva.

Granito orbicular

Nº INVENTÁRIO: 402709/272

DESCRIÇÃO:

A amostra é de um granito orbicular do Couto do Osso, Gerês, Portugal. Este granito possui orbículos (formações arredondadas) cujo núcleo terá resultado de material pré-existente, de natureza ligeiramente mais básica do que o granito encaixante. A variação observada nos diferentes orbículos poderá ser então explicada por intervenção de metassomatismo do tipo alcalino que se terá processado do centro para a periferia, sendo nesta, mais acentuado. No entanto, será de admitir que fenómenos de granitização terão igualmente intervindo, com cristalização acentuada de microclina. A rocha de fácies orbicular ter-se-á, pois, formado na fase final de instalação do maciço granítico do Gerês e a sua origem poderá estar ligada a encraves de granodiorito biotítico de tendência quartzodiorítica, de grão fino, que constituíram centros em torno dos quais se terá dado a cristalização do feldspato. A amostra foi oferecida em 2024, pela professora Ana Bela Saraiva.

Granito da Castanheira

Nº INVENTÁRIO: 402709/273

DESCRIÇÃO:

Amostra de granito da Castanheira (pedra parideira) e nódulo biotítico. As pedras parideiras constituem um dos 41 geossítios do Geoparque de Arouca, localizando-se o afloramento, com cerca de 1000 x 600 metros, junto à aldeia da Castanheira, na serra da Freita. Este granito apresenta nódulos biotíticos discóides e biconvexos, que se soltam da rocha, deixando nela depressões lenticulares forradas de biotite. Estes nódulos, de diâmetro variável entre 2 e 12 cm, têm um núcleo quartzo-feldspático (albite-oligoclase e oligoclase) envolvido por moscovite (mica branca) e, cobrindo esta, uma espessa capa de biotite (mica preta) parcialmente alterada. É esta alteração que permite o descolamento dos nódulos que acabam por se desprender em consequência de dilatações e contrações induzidas por oscilações, sobretudo diurnas, de temperatura. No Museu existem várias amostras 

Calcário meteorizado

Nº INVENTÁRIO: 402709/274

DESCRIÇÃO:

Esta amostra de calcário recolhida na praia dos Olhos de Água, Algarve tem um particular interesse pois apresenta-se meteorizada pela ação de moluscos bivalves da família Pholadidae. Estes bivalves abrem cavidades no calcário provocando a sua alteração. Os calcários são rochas sedimentares quimiogénicas constituídas por calcite (carbonato de cálcio). Quando os iões de hidrogenocarbonato de cálcio , dissolvido na água, precipitam sob a forma de carbonato de cálcio forma-se calcário. A amostra foi oferecida ao Museu pela professora Ana Bela Saraiva.

Metagrauvaque com Dropstones

Nº INVENTÁRIO: 402709/275

DESCRIÇÃO:

A amostra é de uma rocha da Formação de Sobrido recolhida em Canelas, Arouca. Os dropstones (sedimentos grosseiros) explicam-se pela deposição de sedimentos transportados por um glaciar que deposita estes sedimentos grosseiros junto a sedimentos finos. Pensa-se que o processo ocorreu quando a Ibéria estava próximo do polo sul no Ordovícico superior. Os depósitos glaciários ter-se-iam depositado nos bordos de um continente, Gondwana, que se situava no polo sul há cerca de 450 milhões de anos. Os níveis ferruginosos associados a estes depósitos sugerem condições oxidantes durante a deposição. Os metagrauvaques Os metagrauvaques resultaram do metamorfismo de rochas sedimentares constituídas por areia fina e argila. A amostra foi oferecida ao Museu, em 2024, pela professora Ana Bela Saraiva.